sábado, 9 de julho de 2011

Esperto não: estúpido, inválido, deficiente moral!

Vivi tempos em que as pessoas me olhavam com espanto quando eu dizia que a realidade é absurda ou que “supera toda ficção”. Vivo tempos em que me olham com espanto quando questiono o absurdo de nossa realidade.

Uma sociedade que escondia suas mazelas – para pregar que o ser humano é bom – tenta hoje me convencer de que a perversidade, a desonestidade, a malandragem são coisas “aceitáveis” ou pior ainda, tentam exaltar os inescrupulosos chamando-os de “espertos”.

Reduzem todo conhecimentos humano à lei da relatividade, evitando o discernimento entre o bem e o mal. Ridicularizam o discernimento, chamando-o de “maniqueismo”

Não sou tão velha para ter um passado que hoje parece tão distante, mas vivi o advento da Internet: a comunicação sem fronteiras. E, apesar de sequer termos tempo para dizer bom dia a um filho, de não termos a menor ideia do que eles verão e ouvirão durante o dia, oro para que Deus nos permita ter sempre uma Internet sem censura.

Pois acredito que Jesus Cristo é Deus que se tornou humano para nos ensinar como sair de todo esse lamaçal. E um de seus ensinamentos é: “a verdade vos libertará”.

Entendo então que a maldade é uma doença humana, que precisa ser conhecida, diagnosticada, para ser tratada e curada.

Assim, acho que seremos capazes de convencer nossos educadores profissionais de que é preciso introduzir ensino moral nos currículos escolares. Sobretudo de que é preciso estabelecer e praticar regras de boa conduta nos ambientes escolares, educando nossos filhos para adquirirem discernimento suficiente para formar um bom caráter. Pois uma pessoa de caráter bem formado não só pode como precisa saber que seres humanos são capazes das piores perversidades. Para entender que deve com constância lutar para superar a própria tendencia ao mal.

Mas acredito também que antes teremos que convencer a sociedade que uma pessoa que estuda, tem acesso recursos diversos e usa sua capacidade para encontrar meios para tirar vantagens de quem não tem ou teve os mesmos privilégios é estúpida e não “esperta”.

Afinal, quem precisa se apoderar daquilo que pertence aos outros reconhece que não possui capacidade para obter o que precisa para si, em igualdade de condições, apesar de todos os privilégios que usufruiu e usufrui. Reconhece ser um incapaz, um inválido.

Um inválido que possui braços e pernas, olhos e ouvidos, todos os sentidos biológicos funcionando em perfeito estado é o pior dos inválidos: um deficiente moral.

Compreendendo isso, talvez, nossos educadores entendam que precisam frear a agressividade dos jovens e despertar interesse no trabalho honesto, na produtividade, na gentileza, na generosidade, na busca de melhores dias para a humanidade.

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