Grandes
empresas estimulam o isolamento
Mesmo
pessoas que já fizeram loucuras para ter produtos como
Iphone e carros zero quilômetros, ficam sem condições para
isso em momentos de crise econômica. Os produtos destinados a classe
média são, portanto, os primeiros a sofrer os efeitos de uma
recessão.
Mas
a Apple antecipou-se aos governos dos países em que atua, anunciando
o fechamento de suas lojas, já no dia 14 de março (matéria do Uol
neste link
(https://economia.uol.com.br/noticias/efe/2020/03/14/apple-fecha-lojas-em-todo-o-mundo-menos-na-china.htm).
E,
no momento em que o governo de Santa Catarina tornou-se alvo da fúria
dos empresários, pelo decreto que determinou o fechamento das
empresas, as montadoras ofereceram-lhe um importante encorajamento,
anunciando que planejavam fechar suas fábricas. Contribuíram assim
também para encorajar governos de outros estados e o governo federal.
O
decreto de calamidade pública foi aprovado no Congresso em 20 de
março. E uma
matéria
deste link,
publicada no dia anterior, tem
o seguinte título “Montadoras
fecham fábricas e colocam cerca de 50 mil em férias coletivas”,
antecipando planos das montadoras para o fim do mês.
Nessa
matéria consta “A empresa alega que a paralisação vai ocorrer
por causa da demanda do mercado, mas o Sindicato dos Metalúrgicos de
São Caetano do Sul, onde está a fábrica mais antiga do grupo, diz
que o principal motivo é o coronavírus.”
Se
continuassem falando apenas em falta de demanda ou estoque encalhado,
ainda contribuiriam para convencer o governo de que precisaria cuidar
para evitar o agravamento da crise econômica.
Em
comunicado, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores afirma que medida é necessária para reduzir pandemia.
A
Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores) enviou nota à imprensa, nesta quinta-feira (19),
informando que as montadoras estão se preparando para parar as
atividades nas fábricas do Brasil numa tentativa de conter a
pandemia do
coronavírus.
Assim, a associação de fabricantes de veículo emitiu nota que mais parece
uma ação do Ministério da Saúde.
O
normal, é claro, seria que os fabricantes estivessem tentando
convencer o governo de que o mercado precisa continuar operando:
comprando, vendendo, produzindo, para haver quem possa ter dinheiro
para comprar seus produtos.
É
isso o que está fazendo o empresário Luciano Hang, apesar de sua
rede de lojas, Havan, vender artigos populares, um segmento bem menos
afetado por recessões econômicas.
Pode-se
entender o que o diferencia o
empresário Luciano Hang,
em informação de
matéria deste link
da Infomoney. Pois consta que ele se recusa a colocar sua empresa na
bolsa de valores.
Ou
seja, o empresário Luciano Hang precisa garantir que suas lojas
abram para poder pagar seus empregados e ganhar dinheiro. Ele não capta dinheiro de investidores na bolsa de valores.
O
absurdo “valor” da bolsa de valores
Um
artigo da revista
Exame tem o seguinte título “Coronavírus
provoca perdas de US$ 25 trilhões nas bolsas do mundo todo”
(link).
Esse
é datado de 27/03/2020, ou seja, pouco mais de dois meses do anúncio
dessa virose. Nem mesmo deu tempo para alguma empresa pensar em
declarar falência. E 25 trilhões de dólares é mais que o produto
interno bruto, no ano de 2018, dos Estados Unidos, Brasil e Canadá
somados (relatório do Banco Mundial neste link).
Como
então 25 trilhões poderiam deixar de existir?
Suponhamos
que de fato esse valor algum dia tenha existido. A remota
possibilidade de justificar seu desaparecimento seria mesmo a efetiva
impossibilidade das empresas operarem e das pessoas comprarem
produtos e contratarem serviços, por muito tempo. Mas como poderiam
fazer uma conclusão tão catastrófica em tão pouco tempo?
Parece-me
evidente que a resposta para tudo isso está no “valor” da bolsa
de valores.
Nessa
matéria da Exame dizem
“Até a última quarta-feira (25), a soma do valor de mercado das
bolsas do mundo inteiro totalizavam 65,867 trilhões de dólares
contra os 89,156 trilhões dólares registrados no dia 20 de janeiro.
Segundo
o site Woldometers.info, o PIB mundial total do ano de 2019 foi de
87.265 trilhões de dólares. Assim se vê que há proximidade com o
valor de tudo o que foi faturado no mundo em 2019. Mas essa essa
proximidade é mais uma evidência da artificialidade desse valor.
Pois
o PIB mundial é a soma do valor bruto de tudo o que foi vendido,
contratado, etc. em todo o ano e em todo o mundo.
Mas
vejam o exemplo da Apple. Pois é uma empresa que pratica preços
muito altos, assim tem uma margem de lucro também muito alta. Mas
também é uma empresa promissora, porque já colocou no mercado
muito produtos inéditos e atraentes. Ainda assim (artigo do G1
neste link),
quando a Apple atingiu o valor de 1 trilhão na bolsa, o seu
faturamento bruto trimestral já era superior a 50 bilhões.
Considerando os quatro trimestres do ano, o seu faturamento bruto
anual estaria em torno de 200 bilhões ou seja, um quinto do seu
valor de mercado.
Nenhuma
empresa do mundo se iguala a Apple em termos de domínio tecnológico
e margem de lucro. Assim, entendo que todas as demais deveriam ter
uma relação de valor de mercado e faturamento bruto anual inferior
a da Apple ou pelo menos igual. Mas para todas as empresas que estão
inscritas nas bolsas de valores do mundo terem essa mesma proporção
da Apple, entre valor na bolsa e faturamento bruto, elas precisariam
ter um faturamento bruto anual somado de um quinto do PIB mundial.
Isso,
entretanto, é absolutamente impossível. Pois, ainda que sejam as
maiores e mais importantes empresas do mundo, elas representam uma
parte mínima do universo de empresas existentes. E o PIB contém
muito mais que os valores faturados por empresas. Pois abrange tudo o
que se compra e vende, ou seja, o movimento econômico gerado também
pelo setor público.
Mas,
ainda que se restrinja apenas ao faturamento das empresas, é preciso
considerar uma absurda desproporcão, tomando como exemplo o Brasil.
Pois,
pelo site da Bovespa (link),
vê-se que há apenas 423 empresas operando na Bolsa de Valores. E,
conforme informação publicada em site do Sebrae (link), existem no Brasil mais de 1 milhão de empresas com faturamento bruto
anual acima de 4.8 milhões de reais.
Neste
link
há um quadro que mostra que somando também empresas que faturam
mais de 360 mil reais por ano, são 1 milhão e novecentas mil
empresas. Há ainda 6.5
milhões de microempresas e quase 10 milhões de microempreendedores
individuais.
A
situação é similar no mundo inteiro. Em site deste link
pode-se ver o número de empresas listadas em bolsas de valores em
todo o mundo.
E
ainda, voltando ao exemplo da Apple, trata-se de uma das poucas
empresas que têm lojas próprias.
A
grande parte das empresas listadas nas bolsas de valores fatura
apenas uma parte daquilo que seus próprios produtos representam na
formação do PIB. Porque uma margem fica com os atacadistas,
distribuidores, vendedores autônomos, etc.
Assim,
entendo que é impossível que esse mínimo número de empresas da
bolsa pudesse faturar um quinto do PIB mundial.
Nosso
isolamento ainda ajuda a inibir a revolta da massa de pequenos
investidores!
Mas, em matéria da BBC deste link,
referem-se às perdas dos investidores como se fossem a coisa mais natural
do mundo. O título é “Dói
ver o dinheiro derreter': os jovens que foram da euforia ao prejuízo
na Bolsa”.
É
evidente que o isolamento social está sendo muito útil para
tentarem justificar essas perdas, mas também para conter os que se
revoltam, ao verem as economias que resultaram de seu trabalho e de
seus esforços desaparecendo dessa maneira. Pode também servir para
dizerem que os suicídios são causados pela angústia e isolamento e
outras coisas desse tipo.
Assim,
mesmo quem nunca investiu na bolsa de valores precisamos começar a
questionar as autoridades, para que esclareçam esse valor estipulado
para a bolsa de valores, em janeiro deste ano.
O
perigo de tanto poder político-econômico
Se
ficarmos inertes, estou certa de que a situação pode agravar-se
muito.
Se
ainda há quem prefira ridicularizar aqueles que acreditam que uma
conspiração global está em curso, vai ter que acreditar em
profecia. Pois esse artigo praticamente prevê isso que estamos
vivendo. Diz que precisavam criar uma recessão econômica
artificialmente, para alcançar os planos de estabelecer uma nova
moeda de referência internacional, substituindo o dólar.
Mas
também alerta para conspiração ainda maior e mais grave, que
pretende instalar algo similar ao feudalismo medieval, retirando de
novo o dinheiro de circulação: a possibilidade de as pessoas
comprarem, venderem e conquistarem poder econômico, por meio de
trabalho e investimentos, que permitam ainda o usufruto de alguma
liberdade e direitos políticos.
De
modo algum pretendo questionar os possíveis danos do coronavírus.
Mas existem alternativas para preservar o direito de ir e vir e o
direito de trabalhar, produzir, comprar e vender.
Se
calamos, agravamos esses danos ou pelo menos estimulamos o seu
agravamento.
Pois
precisamos, sim, considerar a possibilidade de grande parte daquilo
que os poupadores perderam ou ainda vão perder na bolsa de valores
ser destinado para pesquisa e difusão de vírus, o que chamam de
arma biológica, que é a uma das armas mais cruéis e covardes que
se possa imaginar.
Ou seja: se
deixarmos que destruam nossa economia e nossa liberdade com esse
vírus, estaremos estimulando mais investimento nesse tipo de
covardia e expondo a nós mesmos e a toda a população a riscos
ainda mais graves.
A
forma absurda como falam em financiar o ócio coletivo – como se os
recursos públicos fossem infinitos – é uma amostra de quanto
investem para manipular a opinião pública e convencer as pessoas a
colaborarem com seus planos. Estou certa de que, mesmo dentro dos
governos, há pessoas que são induzidas a colaborar, sem se darem
conta da finalidade daquilo que estão fazendo.
Por
isso, mesmo se tivéssemos liberdade para protestar nas ruas, o
melhor a fazer nesse momento seria divulgar a verdade. Pois assim
podemos alcançar pessoas que estão colaborando com tudo isso, sem se darem conta do que isso representa.
Peço
então que leiam e ajudem a divulgar outros artigos que eu venho
escrevendo sobre o assunto: