O
texto dessa carta destoa de toda a imagem de gênio e mito que foi
muito bem encerada e polida nas décadas anteriores. Tanto que, no
mesmo artigo, esclarecem que nessa área, o próprio Einstein
era conhecido pela seguinte frase: "A ciência sem
religião é manca, a religião sem a ciência é cega".
Pelo que pude verificar,
a imprensa levou outra década para dar destaque a fatos que ajudam a
compreender essa contradição. Como o artigo da BBC deste link: https://www.bbc.com/portuguese/geral-46640237 no qual informam que o
mito Einstein traiu também sua parceira de trabalho e primeira
esposa. O
título é "A história pouco conhecida da brilhante mulher de
Einstein que contribuiu para a teoria da relatividade".
Consta que ela colaborou
tanto na produção de seus trabalhos que, ao formalizar o divórcio,
ele prometeu que lhe entregaria o dinheiro do prêmio Nobel. Mas ele
recebeu esse prêmio dois anos depois e jamais cumpriu essa promessa.
Casou-se com outra, que tanto já conhecia havia muito tempo, que era
ninguém menos que uma prima sua.
A Senhora Mileva teve que se resignar a viver na pobreza, obrigada a criar os filhos, cujo pai,
Albert Einstein, ainda a ameaçou, exigindo que permanecesse calada.
Precisamos atentar para o
fato de que o Holocausto aconteceu décadas depois que iniciaram a
pregação da teoria ateísta do evolucionismo de Darwin. Isso ajuda
a compreender que, para dominar os povos, primeiro realizam esforços
para eliminar a fé em Deus, afastando assim os povos da proteção
de nosso Criador.
A
história da Senhora Mileva permite compreender até que ponto nossa
civilização pode ser cruel. E até que ponto os mitos que são
exaltados neste mundo assemelham-se a ídolos de barro. De modo que
aquilo que o mundo atual exalta precisa ser visto com muito cuidado.
E
precisamos preservar nossa fé em Deus Criador, principalmente porque
este mundo tenta destrui-la.
Sem
Deus, a Ciência é uma deficiente órfã!
A
União Europeia investiu muito, nas últimas três décadas, para
produzir normas que determinam como cada equipamento de proteção
individual (EPI) deve ser feito, quais materiais devem ser usados,
etc. Profissionais especializados trabalharam muito nisso, usando
laboratórios sofisticados e todos os recursos disponíveis até
então.
Pois
se trata de regulamentos que pretendem garantir a integridade física
das pessoas e impõem obrigações sérias para muitas empresas.
Envolvem assim importantes interesses econômico-financeiros e
humanos.
Fora
da União Europeia, essas normas têm sido usadas como referência,
para atestar a qualidade desses produtos no mercado. Até mesmo aqui
no Brasil.
Tanto
que, em pedido de patente que eu depositei em janeiro de 2018 (link),
eu usei como referência da técnica anterior um produto que é
produzido no Brasil, mas era anunciado como certificado com base numa
dessas normas europeias. Assim fiz constar, no subtítulo que trata
da técnica anterior:
Identifiquei
um protetor para a coluna vertebral no site da empresa Texx
certificado com base na norma europeia CE EN 1621/2. Ele fica ao
longo da coluna vertebral fixado como uma mochila; possui oito
placas de plástico fixadas em tecido. Essas placas rígidas
ficam todas no mesmo sentido das vértebras. Caso um impacto
atinja apenas uma dessas placas, dificilmente haverá repercussão
sobre as outras placas.
Assim
se vê que a técnica atual ignora que a concentração agrava a
força de um impacto e que, quando o impacto repercute sobre uma
área mais extensa, ele também se dispersa, minimizando sua
força e eventuais danos.
Há
uma excessiva preocupação com a anatomia. Mas o formato
anatômico nem sempre resulta em conforto, pois o simples contato
do equipamento com o corpo do usuário já produz calor e
desconforto em ambientes com altas temperaturas. De modo que é
muito difícil usar esses equipamentos no verão ou em regiões
mais quentes.
|
No
subtítulo que trata da apresentação de meu invento, fiz constar o
seguinte:
O
efeito dessa proteção é ainda muito superior ao que representa
a resistência dos materiais contra a força do impacto. Pois –
ao se usar uma mesma peça rígida sobre toda a extensão do
osso, com suas extremidades sobre cada uma das respectivas
articulações – o impacto que atinge a peça rígida repercute
sobre toda a área coberta por ela, mas também se dispersa,
minimizando muito o risco de esse impacto causar uma lesão.
Pois
as lesões costumam ocorrer quando o impacto se concentra apenas
num ponto, como quando um objeto cai sobre material mole e
afunda. Mas quando um objeto cai sobre uma peça rígida, o
impacto repercute sobre toda a peça, nem que seja apenas gerando
vibração. Pois a vibração consome energia e esse consumo
representa uma dispersão da força do impacto.
A
peça produzida pela empresa Texx referida no subtítulo anterior
é anunciada ao preço de R$358,90, mas ela cobre somente a área
das vértebras das costas, sem abranger nada da coluna cervical
nem dos ombros. Conforme já se referiu, ela é feita com oito placas dispostas no
mesmo sentido das vértebras. Se fossem acrescentadas sobre
aquelas placas pelo menos quatro placas em sentido vertical, a
peça facilmente poderia proteger também boa parte dos ombros e,
quando um impacto atingisse uma das placas verticais, ela tocaria
as placas dispostas em sentido horizontal, repercutindo sobre
aquelas placas, dispersando e minimizando a força do impacto.
|
Agora,
já dois anos depois de apresentar esse pedido de patente, procurei
no site dessa empresa referida (Texx) e tudo o que encontrei, na
página que mostra seus protetores, é uma peça para ser usada em
torno de parte do pescoço (link
para cópia da página). Ou seja: a peça referida já não é mais
anunciada. Entretanto, consegui encontrá-la ainda no Mercado Livre,
em cuja página se pode ver que ainda anunciam que a peça é
certificada com base em norma europeia (link).
Acredito
que a empresa teve o bom senso de interromper a produção daquela
peça. E podem ter certeza de que não se trata de presunção minha
acreditar que projeto que desenvolvo “sozinha” – desde
minha casa e de um velho galpão que herdei – contribuiu para isso.
Pois
estou
divulgando a Armadura Tubular® na Internet desde 2018. Em 30/07/2019
o referido pedido de patente (link)
foi publicado na revista do INPI. Antes disso, em março de 2019,
publiquei um vídeo no Facebook (link)
que atingiu mais de 28 mil visualizações
e 166 compartilhamentos.
E,
quando eu redigi esse referido pedido de patente, em janeiro de 2018,
fazia uma ideia muito vaga da contribuição da vibração mecânica,
para o amortecimento da energia do impacto. Eu só vim a compreender
a real dimensão disso, mais de um ano depois, quando fiz testes
dando pancadas fortes em pedra.
A
partir de 33 segundo do já referido vídeo (link),
mostro apenas uma de muitas séries desse teste que eu realizei. No
início, esse teste serviu para remodelar a peça, garantindo uma
cobertura completa da área. Depois tive que repetir muitas séries
para fazer essa gravação, pois há muita sombra no local.
Houve
ocasiões em que fiz mais de dez séries de pancadas. Quando fiz um
número muito alto de séries, tive hematomas e precisei aplicar gelo
depois. Com aproximadamente três séries, não tive hematoma algum.
Qualquer
especialista no assunto deve reconhecer que esse resultado é
espantoso. Sobretudo porque aquilo que existe no mercado hoje jamais
poderia passar nem mesmo por apenas uma série deste tipo de teste.
Talvez
isso possa ser feito com as antigas armaduras, nas quais se vê que
há peças rígidas cobrindo articulações que se sobrepõem a
outras peças que cobrem os ossos entre as articulações. Mas
aquelas armaduras eram pesadas, praticamente impossíveis de usar.
A
Armadura Tubular ainda proporciona esse efeito extraordinário sem
gerar calor nem qualquer desconforto. É fácil de colocar e tirar,
pode ser usada sobre outras roupas e ficar presa por cadeado sobre a
motocicleta. É algo incrível, que eu jamais poderia dizer que
resulta de minhas habilidades e conhecimentos.
Pois
nunca fui pra faculdade e só obtive um parecer técnico em 2006. Foi
produzido por estudantes de engenharia mecânica da Universidade
Federal de Santa Catarina e referia-se apenas a um esboço inicial do
projeto: a ideia de uma gaiola de proteção fixada em motocicleta.
Quando,
orgulhosa, mostrei a primeira versão desse invento atual para um
familiar, ele reprovou-me dizendo que isso era serviço de homem.
Quase todos os meus parentes criticaram-me por me dedicar a esse
projeto. Eu só aprendi a usar chaves de fenda e outras ferramentas
similares por volta dos quarenta anos de idade. Sempre mantiveram-me
afastada de serviços dessa natureza.
Como
fui motivada
Conforme consta nesse relato, eu comecei esse trabalho a partir de um sonho,
em 2004. E outro sonho em 2010 me motivou a insistir na produção de
um primeiro protótipo. Relatei ali muitos outros milagres, que
despertaram ideias que me permitiram desenvolver muitas soluções.
Mas,
quando publiquei esse relato em 2015, nem imaginava as descobertas
que viriam. Essas descobertas só vieram depois que impuseram um
impedimento muito grave para a Armadura Tubular®.
Pois
o Denatran recusou um pedido de autorização para testes em
motocicleta da primeira versão do invento atual. Essa recusa está
documentada, em decisão publicada na página 88 do Diário Oficial
da União número 242, em 18/12/2015, relativa ao parecer número
0052/2014-2016/CTAV/CONTRAN (processo número 80000.017361/2015-19).
Enviei
então um pedido de reconsideração, alegando que eu poderia reduzir
as dimensões do equipamento e que se tratava de um equipamento de
proteção individual. Então técnicos do Denatran emitiram um novo
parecer (link),
no qual reconhecem que as normas não abrangem equipamentos de
proteção individual. Sem regulamentação, fica-se livre para
comercializar novos produtos.
Mas
aquela primeira versão era muito grande, precisava ficar apoiada
sobre a motocicleta, de modo que havia risco de ser classificada como
equipamento veicular.
Assistindo
a um desenho animado, compreendi que era preciso usar tubos nas
laterais de braços e pernas. Até ali eu cuidava muito para afastar
as pontas dos tubos do corpo do usuário. Mas então refleti e
entendi que as pontas dos tubos poderiam ser curvadas, ampliando
ainda mais a área de proteção sobre as articulações.
Consegui
sacar meu FGTS em meados de 2017, então comecei a desenvolver os
EPIs tubulares. O primeiro pedido de patente, de 06/07/2017
(cópia
neste link),
já mostra que eu ainda nem imaginava o que viria pela frente. É
muito interessante comparar o teor desse pedido apresentado em julho
de 2017 com o teor do outro já referido de janeiro de 2018. Pois, em
apenas seis meses, tudo mudou drasticamente.
Comecei
usando tubos muito grossos e pesados (¾ de polegada nas laterais das
pernas). E eu costurava placas de borracha à mão, usando agulha de
sapateiro. Mas as soluções foram surgindo, em meio a essas
dificuldades e tentativas de obter algo viável.
Em
razão das dificuldades que enfrentei para construir os primeiros
protótipos fora – logo que tive a ideia da primeira versão do
invento atual, em 2013 (pouco antes de minha demissão) –, eu
comprei uma máquina manual para curvar tubos.
Usando
essa máquina, constatei uma grande diferença no esforço necessário
para curvar uma pequena peça tubular, em relação ao esforço
necessário para curvar uma peça mais extensa do mesmo tubo, usando
as mesmas ferramentas. E bastava iniciar a curvatura numa extremidade
para que todo o tubo vibrasse.
Eu
sempre tive a compreensão de que uma peça rígida extensa oferece
uma proteção muito superior àquela oferecida por muitas peças
rígidas pequenas, mesmo que somadas tenham a mesma extensão. Pode
parecer absurdo, mas a técnica vigente discordava disso. Pois as armaduras atuais têm até pedaços de peça rígidas que ficam
separados sobre um osso entre duas articulações.
Então
eu buscava uma maneira de justificar essa minha conviccão, para
poder apresentar pedido de patente do meu invento, defender seus
benefícios, sua vantagem e sua viabilidade técnica.
Eu
já pretendia fazer os referidos testes práticos. Mas relatar
resultados nem sempre basta. É preciso explicar a razão de tais
resultados.
Pois
sempre há risco de um teste desse tipo ser tratado como mero
ilusionismo, revertendo-se ainda contra o projeto inovador. Já que
aqueles que exploram produtos obsoletos detêm grande poder
econômico. Assim, muitas vezes conseguem manipular a opinião
pública e até mesmo autoridades.
Mas
essas constatações que fiz, operando a máquina manual de curvar
tubos, permitiram-me compreender melhor os resultados e elaborar as
explicações.
E
também – construindo protótipos – descobri que eu podia
costurar peças e introduzi-las
nos tubos, indo até o meio de uma estrutura tubular. Podia também
vestir as almofadas na estruturas, em vez de usar abraçadeiras de
plástico. E podia fazer aberturas que permitissem colocar as placas
rígidas dentro das almofadas. Essas soluções ampliaram muito as
possibilidades.
Mas
lembro que, quando me veio essa ideia, comecei uma espécie de
discussão comigo mesma, dizendo que isso seria impossível. Pois, na
armadura principal, as peças tubulares ficam encostadas em alguns
pontos e depois se afastam muito para lados opostos. Mas não
consegui sossegar até fazer uma tentativa.
Então,
manipulando as peças, vi que tudo isso era possível. As principais
peças de conexão podem ser bem costuradas e deslizadas pelos tubos
até o ponto em que devem permanecer.
Isso
levou a um outro grande avanço: todas as conexões podem ser feitas
de materiais flexíveis resistentes, tornando estruturas tubulares
praticamente invulneráveis a desmonte pela força de um impacto. Mas
também é fácil cortar essas peças de conexão para prestar um
eventual socorro.
O
pedido de patente de julho de 2017 (link)
mostra que a primeira ideia da versão atual do invento ainda tinha
peças de conexão feitas de placas metálicas e parafusos, que ainda
podiam representar riscos, em eventual desmonte da estrutura por um
impacto.
Essa
solução, aliada às extremidades dos tubos curvadas, permitiu
também flexionar todo o equipamento.
Surgiram
ainda outras soluções que foram incluídas em pedido de patente
internacional (link).
Enfrentei
também grave dificuldade para aperfeiçoar os desenhos. E a
aparência do equipamento recebeu críticas de pessoas que
me pareceram bem intencionadas.
Mas
eu não tinha dinheiro para pagar por uma licença de desenhos 3d.
Todos os protótipos que construí até meados de 2019 foram moldados
na máquina manual de curvar tubos, como esculturas.
Eu
precisava produzir desenhos 3d também para fazer orçamento, visando
a automatizar/terceirizar a produção. Consegui então três
licenças gratuitas de teste por 30 dias, até descobrir que a
Autodesk contribui com o desenvolvimento de start-ups.
Inscrevi
a Armadura Tubular no programa deles e consegui uma licença gratuita
para o Fusion 360.
Aprendi
a usar esses programas em vídeos do Youtube.
O
resultado pode ser visto em vídeos do canal Armadura Tubular (link
1 e link
2). Fiz animação no próprio Fusion 360. Produzi os efeitos
também por meio de licença gratuita do programa Lightworks, com
aulas também gratuitas no Youtube.
Assim,
importantes realizações aconteceram aqui onde trabalho “sozinha”,
sem dinheiro para investir, sem ajuda de nenhum engenheiro, de
nenhuma instituição especializada. Pelo contrário, elas surgiram
da teimosia em contestar o que especialistas indicavam até então.
Surgiram
de uma convicção que só agora eu consigo justificar tecnicamente.
Mas posso dizer com toda certeza que esse invento resulta de minha fé
no Senhor Jesus Cristo e em nosso Pai: Deus Criador.
Primeiro
porque outros artigos que publico neste blogue e a primeira
reportagem de e-book que produzi paralelamente a esse projeto (link)
mostram que muito facilmente o rancor teria consumido toda a minha
energia produtiva e tempo nesses últimos anos.
Depois
que passei por um constrangimento grave na Gerência de Pessoas do
Banco do Brasil, em dezembro de 2012, fiquei alguns dias sem
conseguir raciocinar direito.
Pelos
ensinamentos do Senhor Jesus Cristo, eu já havia feito esforços
para perdoar e assim já havia experimentado o poder curativo do
perdão, em muitas ocasiões de minha vida. Mas eu não estava
conseguindo alcançar isso. Então eu escrevi uma oração, pedindo a
Deus que me capacitasse a perdoar. Eu a li por três dias
consecutivos e isso me curou. Passei a lê-la sempre que precisava de
ajuda para relevar.
Então
consegui vencer o ódio e usar toda a energia e tempo que sobrou,
nesses últimos anos, para produzir coisas boas, como o projeto
Armadura Tubular®.
Por
outro lado, precisei ingressar com processo judicial e ficar disponível para cumprir os prazos que
correm depois que cada decisão é publicada. Qualquer outro
compromisso que eu assumisse nesse período impediria isso. Desse
modo, em grande parte do tempo, eu fiquei disponível também para
dedicar-me ao projeto Armadura Tubular®.
Em
vez de buscar emprego ou prestação de serviços para manter hábitos
burgueses, mudei hábitos de consumo. Aprendi a cortar meus próprios
cabelos, a fazer desodorante natural (bicarbonato, um pouco de óleo
de coco e bem menos de óleo de oliva). Agora estou experimentando
esponja como absorvente higiênico.
Minha
filha voltou a morar em casa. Em alguns momentos vendi algumas
coisas, noutros outros parentes ajudaram. Nunca me faltou nada. Mas,
eu nem me teria dado oportunidade de viver assim, se não fosse
também o ensinamento do Senhor Jesus Cristo, conforme
Mateus
6:25-34.
Esse ensinamento já havia mudado toda a minha vida profissional, nos
últimos 22 anos
(http://soniardecastro.blogspot.com/2010/05/religiao-cientifica-x-minha-vida.html).
Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou
beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida
mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em
celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós
muito mais do que as aves?
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso
da sua vida?
E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem
os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.
Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu
como qualquer deles.
Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é
lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos?
Ou: Com que nos vestiremos?
Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai
celeste sabe que necessitais de todas elas;
buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas
coisas vos serão acrescentadas.
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará
os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal.
E também o próprio teor de minha defesa no processo deriva de outros
ensinamentos do Senhor Jesus Cristo.
Primeiro
porque promoveram constrangimentos, visando a criar pretexto para
ocultar o real motivo da demissão. Mas consegui vencer o ímpeto de revidar às provocações, seguindo orientação contida em
Mateus 5:39.
Ainda
assim, o gerente que representou o Banco do Brasil no Justiça do
Trabalho declarou que o motivo da demissão seria problemas no
tratamento com outros funcionários e superiores hierárquicos. Mas
ele mesmo contradisse isso ao prestar depoimento na Polícia, num
inquérito relativo a uma queixa que eu registrei pelo crime de
tortura moral.
E
recusaram-me acesso às imagens do circuito interno, de momentos em
que aconteceram fatos que eles apontaram para acusar-me, nos autos do
processo administrativo disciplinar. Alegaram que as imagens não
provariam nada, por falta de áudio. Mas permitiram-me ver as imagens
de uma das ocasiões em que fui provocada.
Consegui
então demonstrar que havia outras pessoas trabalhando no mesmo
ambiente, sem haver nenhum sobressalto, no momento em que me acusaram
de gritar e xingar uma telefonista. Qualquer reação de minha parte,
teria gerado algum sobressalto nos demais. Assim foi mesmo só pelo
ensinamento do Senhor que obtive essa prova.
Nas
“Justiça do Trabalho”, demonstrei que as acusações que o
gerente me fez contradiziam aquilo que estava registrado no inquérito
policial. Requeri também acesso às provas. Negaram-me. Mas, a
partir da segunda instância, passaram a reconhecer que o motivo da
demissão é o fato de eu ter apresentado denúncias, a autoridades
competentes, de evidências de ilegalidades em procedimentos
realizados no Banco.
Muitas
pessoas interpretam o trecho de Mateus 5:39-42 como uma proibição
de ingressar com processos judiciais.
Mas
eu entendo que isso se refere a questões meramente pessoais. Quando
uma questão envolve também interesse coletivo ou interesse de
pessoas que nem mesmo têm condições de defender-se, todo cristão
precisa fazer o que for possível para defender o que é justo: "...Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça".
Eu
cheguei a essa compreensão no tempo em que eu produzi jornal. E
porque o Senhor Jesus Cristo disse que todas as leis e normas
dependem ou devem ser interpretadas com base na maior de todas as
leis: ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo
(Mateus 22 36-40).
Amando
a Deus, deve-se compreender que nenhuma de suas normas pode servir
para favorecer o mal e a injustiça. Assim, quando ele disse:
“...Volta-lhe a outra face” e “entrega também a túnica”,
ele apenas ensinou como vencer o mal, evitando desgastar-se com
picuinhas e usar armas com as quais o mal costuma ser mais hábil.
Mas,
amando o Criador, jamais poderemos conformar-nos com uma injustiça
contra a criatura que muitas vezes não tem meios para defender-se.
E, defendendo o interesse coletivo, podemos resguardar o nosso
próprio interesse com muito maior segurança.
Então,
no meu processo trabalhista, eu procurei focar nos fatos que
envolviam também interesses coletivos e interesses de clientes. Até
questionei inicialmente direitos por ter sequela de uma doença de
ombros. Mas, graças a Deus, compreendi que precisava abandonar esse
questionamento.
Foquei
tudo em questionamentos que vão além do meu próprio interesse,
ainda que sejam relativos à defesa de meu interesse individual.
Assim, consegui fazer uma petição de recurso ao Supremo Tribunal
Federal baseada em cinco teses de interesse amplo, que se podem aplicar a diversas demandas.
Para
se ter uma ideia de quanto estamos sem proteção nas demandas em
defesa de interesses individuais, o relator no Tribunal Superior do
Trabalho pretendeu justificar a recusa em submeter questionamentos
relativos à violação do meu direito de defesa e do direito ao
processo legal, com base em tema já julgado pelo STF (Tema 660).
Mas
ele nem mesmo fez referência à três das cinco teses que eu
apresentei no recurso ao STF. De modo que ele se recusou a enviar o
meu agravo para ser julgado no STF de maneira absolutamente ilegal.
E consegui interromper a cobrança de multas na 2ª Vara do Trabalho de
Florianópolis, ao informar a apresentação dessa reclamação.
O desenvolvimento da Armadura Tubular também me permitiu comprovar o ensinamento contido em Mateus 5, 28-29. Pois, graças a Deus, venho recebendo novos talentos, a
partir de esforços para executar serviços em áreas nas quais
sempre buscaram desestimular-me, por ser uma mulher.
Comecei
a redigir este artigo há algumas semanas. Parece-me que, para
publicá-lo, faltava-me os fatos que aconteceram nessas últimas
semanas. Pois fui desafiada a manter a serenidade, em meio a uma
ameaça muito grave a minha integridade física, conforme os artigos
que publiquei no dia 09 e ontem, dia 11/04/2020. Em
meio a ameaças desse tipo, foco no teor do livro de Mateus
10:27-32:
O
que vos digo às escuras, dizei-o a plena luz; e o que se vos diz ao
ouvido,
proclamai-o
dos eirados.
Não
temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei,
antes,
aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o
corpo.
Não
se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra
sem
o consentimento de vosso Pai.
E,
quanto a vós outros, até os cabelos todos da cabeça estão
contados.
Não
temais, pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais.
Portanto,
todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o
confessarei
diante de meu Pai, que está nos céus.
Além
desses e de outros de seus poderosos ensinamentos, a perfeição da
natureza, da obra do Criador, deu-me a convicção de que somos
predestinados à perfeição.
Vendo
formigas sepultarem pequeno animais, abutres acelerarem a
decomposição de grandes animais, chuvas deixarem tudo limpo numa
manhã de verão, ciclos naturais trazendo alimentos perfeitos, sou forçada a acreditar que Aquele que nos criou espera que usemos
nossas habilidades para aperfeiçoar tudo aquilo que ainda é
imperfeito.
Eu
então acreditei que Ele jamais permitiria a criação de um veículo
tão funcional e ao mesmo tempo tão arriscado como a motocicleta, se
não houvesse um meio para corrigir isso.
Acho
que todos nos sentimos meio deslocados em meio a sua obra perfeita.
Mas tenho aprendido que, acreditando na perfeição, somos capazes de
seguir seus rastros e alcançá-la. Talvez eu seja mais sensível aos
rastros do Perfeição, porque Ele me fez poeta. Certamente eu me
enquadro naquilo que o autor de 1 Coríntios (1:27-28) definiu como
“coisas loucas, fracas, humildes
e desprezadas”.
Mas
será que Deus faz isso para “envergonhar” e “reduzir a nada”
os que se entendem “fortes e sábios” ou para conceder-nos
oportunidade de despertar: repensar nossos valores e critérios?