sexta-feira, 2 de abril de 2021

Minha provável experiência de covid-19 e o alívio pelo sol ou pela vitamina D3

Nunca neguei, mas sempre acreditei poder minimizar a gravidade da covid-19. Então a minha primeira grande surpresa foi o tombo: uma prostração, um cansaço extremo que me impedia de fazer quase tudo. Bastava eu encostar a cabeça que dormia. Mesmo sentada. A febre era constante. A minha voz ficou extremamente baixa. O meu apetite também se reduziu drasticamente. Consumi quase só frutas. Tive que fazer papinhas com tempero leve para conseguir comer salgado.

E tomei muitos chás. O gengibre já é rotina para mim: praticamente substitui a água. Tomei também, com grande frequência, chá de limão com casca, além de cúrcuma, cravo da índia e de semente de abóbora. Mas só comecei a sentir melhora depois de um bom banho de sol.

Foi no quarto dia. Naquela completa lerdeza, eu abandonei-me ao sol, depois da 11 horas. À tarde, precisei dar uma resposta rápida e notei que minha voz já estava bem mais alta. No 5º dia, eu acordei sem febre. Outros sintomas também se foram amenizando de forma significativa. Continuei expondo-me ao sol depois das 11 horas.

Hoje encontrei essa matéria que diz que cientistas comprovaram esses benefícios do sol, mas nem falam da vitamina D: https://olhardigital.com.br/2021/04/02/coronavirus/luz-solar-inativa-o-coronavirus-oito-vezes-mais-rapido-que-o-previsto/


Importante especialista alerta para a importância do sol ou da vitamina D na prevenção e tratamento da covid-19

Mais de 250 mil documentos científicos publicados em inglês na Internet relacionam a vitamina D ao sistema imunológico e mais de 150 mil, relacionam vitamina D a combate a vírus. Esses são apenas alguns dos impressionante números contidos em artigo do link abaixo, de autoria do professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Dr. Cícero Galli Coimbra, que trata da importância dessa vitamina no combate à covid-19.

https://www.unifesp.br/reitoria/dci/releases/item/4489-opiniao-vitamina-d-na-prevencao-e-no-tratamento-da-covid-19

Ele diz também que apenas 10 minutos deitada sob sol forte e com grande parte do corpo descoberto são suficientes para uma pessoa jovem e de pele clara obter ao menos 10.000 UI de vitamina D.

Esse número é ainda mais impressionante, considerando que a norma da Anvisa (Instrução Normativa nº 28, de 26 de julho de 2018, anexo IV), proíbe a fabricação e comércio de produto com essa indicação de consumo diário de vitamina D, exigindo que seja limitada ao máximo de 2.000 UI para consumo diário (ou à 50 microgramas de 40 UI cada, conforme nota explicativa que consta no mesmo anexo).

Nesse anexo da norma, ainda está discriminada apenas a vitamina D2, que tem potência inferior a da D3.

Conforme o anexo III da norma, a Anvisa ainda permite que sejam vendidos produtos com apenas 120 UI de vitamina D3 (3 microgramas de 40 UI) ou até menos em produtos destinados a crianças.

Parece-me absurdo, sobretudo considerando que essa norma foi atualizada ano passado (instrução normativa 76, de 05/11/2020), sem haver alteração desses limites. Mas há uma publicação no site do Ministério da Saúde, de setembro de 2020, na qual consta: “A dosagem terapêutica varia entre uma faixa de 1.000U.I. a 50.000U.I., dependendo da patologia e da deficiência sérica de vitamina D” (página 3 de documento intitulado “Vitamina D na prevenção e tratamento de pacientes com covid-19” subtítulo “Tecnologia”).

Apesar desse embaraço imposto pela norma, há fabricantes que produzem D3 com 10.000 UI no Brasil. Mas o preço ao consumidor é proibitivo. É um exemplo de como certas normas inibem a produção e oferta de produto no mercado e causam outros prejuízos à população. Pois geram confusão e promovem a difusão de informação equivocada.

Afinal, quantos brasileiros costumam ou conseguem informar-se da real necessidade dessa vitamina?

Lamentavelmente, nos Estados Unidos ocorre problema similar. No site do National Institutes of Health (Office of Dietary Supplements), afirmam que a necessidade diária de adultos de até 70 anos é de apenas 600 UI de vitamina D (https://ods.od.nih.gov/factsheets/VitaminD-HealthProfessional/). A partir dos 70 anos, sugerem aumentar a dose diária para apenas 800 UI.

E, assim como o Ministério da Saúde no Brasil, eles dizem ainda: “Não há dados suficientes para fazer recomendação a favor ou contra o uso de vitamina D para a prevenção ou tratamento de covid-19”.

Mas, para obter-se cápsulas de vitamina D com 10.000 UI a preço acessível, é preciso importar o produto deles.

E tanto os brasileiros precisamos buscar esse produto no exterior que o site iHerb já vende com cobrança por boleto bancário no Brasil. Ou seja, ao menos no exterior, estão facilitando a compra e faturando por aqui.

Mas que risco poderia haver para quem consome um comprimido de vitamina D3 de 10.000 UI por dia? Pois, ainda que predominem pessoas de pele mais escura no nordeste e Rio de Janeiro, considerando a referida informação do artigo do Dr. Cícero, se essa dose fosse tóxica, os jovens que vivem de bermuda estariam todos envenenados.

Em vez disso, em Indaial, SC, mãe e filha faleceram de covid-19, com intervalo de apenas 12 horas. Segundo matéria de Istoé, uma tinha 27 e a outra 43 anos de idade.

No artigo referido, o Dr. Cícero faz ainda um importante alerta sobre a possibilidade de agravamento da deficiência de vitamina D em razão do confinamento imposto por autoridades.


Dados sobre o aumento de riscos de deficiência da vitamina D com a idade

Segue transcrição de trecho de outro estudo que pode ser acessado por este link: https://rbm.org.br/details/113/pt-BR/consideracoes-atuais-sobre-a-vitamina-d#:~:text=Estudos%20em%20que%20se%20compararam,com%20o%20aumento%20da.20idade

Estudos em que se compararam a quantidade de pré-vitamina D3 produzida nas faixas etárias de 8 a 18 anos, em relação a 77 a 82 anos, mostraram queda pela metade da capacidade de produção da vitamina D com o aumento da idade. Além disso, com o passar dos anos, a exposição solar fica limitada por alterações no estilo de vida, uso de roupas mais fechadas, perda da mobilidade e redução das atividades ao ar livre.

Meu processo de transição para volta da tolerância ao sol

Como quase todas as mulheres, eu nunca dei atenção aos médicos que alertam sobre a necessidade de tomar sol perto do meio dia, por até 20 minutos ao dia, sem usar nenhum protetor. Em vez de seguir essa importante recomendação, há dez anos, eu jamais saía de casa sem passar protetor no rosto.

Mas minha pele ainda ficava manchada. Comecei então a suspeitar de que os cremes causavam as manchas. Por isso, decidi adotar o chapéu e até criei as alças invisíveis para poder usá-los no vento sul de Florianópolis, em apenas 15 minutos de caminhada para o trabalho.

Mas tudo isso mudou há uns três anos, quando o depoimento desse vídeo despertou-me: https://www.youtube.com/watch?v=NaHZ5mqG_VQ&t=741

A youtuber Taty Alencar diz acreditar que os protetores solares destruíram a capacidade de sua pele de proteger-se do sol. Em outro vídeo, ela mostra que existem cremes protetores naturais. Primeiro adotei a pasta d'água. Ano passado, passei a usar somente óleo de coco.

Em fevereiro deste ano, passei dias inteiros sob o sol, sem usar chapéu, e minha pele não descascou. É como se a radiação solar tivesse voltado a ser o que era há quarenta anos atrás, quando eu passava dias inteiros de short ou biquíni sob o sol.

A youtuber Taty Alencar difunde também ideias questionáveis relacionadas a misticismo. Mas, pelo que pude verificar, os ensinamentos dela sobre proteção solar (e protetores) são mesmo corretos.

Ela ensina a fazer a transição de forma moderada. Eu acredito que só pude radicalizar este ano porque já não uso mais protetores químicos há três anos. Assim como ela relata, quando eu ainda usava produtos químicos, mal saía ao sol e já percebia manchas na pele.




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